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Dúvidas mais freqüentes O que é o Fórum Social Mundial? O FSM é um espaço de debate democrático de idéias, aprofundamento da reflexão, formulação de propostas, troca de experiências e articulação de movimentos sociais, redes, ongs e outras organizações da sociedade civil que se opõem ao neoliberalismo e ao domínio do mundo pelo capital e por qualquer forma de imperialismo. Após o primeiro encontro mundial, realizado em 2001, se configurou como um processo mundial permanente de busca e construção de alternativas às políticas neoliberais. Esta definição está na Carta de Princípios, principal documento do FSM O Fórum Social Mundial se caracteriza também pela pluralidade e pela diversidade, tendo um caráter não confessional, não governamental e não partidário. Ele se propõe a facilitar a articulação, de forma descentralizada e em rede, de entidades e movimentos engajados em ações concretas, do nível local ao internacional, pela construção de um outro mundo, mas não pretende ser uma instância representativa da sociedade civil mundial. O Fórum Social Mundial não é uma entidade nem uma organização. Como começou a ser organizado o FSM? Clique aqui e descubra como surgiu o FSM. Quem organiza o FSM? As três primeiras edições do Fórum Social Mundial, realizadas em 2001, 2002 e 2003, em Porto Alegre (Brasil), foram organizadas por um comitê organizador (CO) formado por oito entidades brasileiras: Abong, Attac, CBJP, Cives, CUT, Ibase, MST e Rede Social de Justiça e Direitos Humanos. Quando o FSM transferiu-se para Mumbai (Índia), foi criado um Comitê Organizador Indiano, responsável pela organização do IV FSM em Mumbai, ocorrido em janeiro de 2004. Para a quinta edição do FSM (realizada em janeiro de 2005, em Porto Alegre), foi constituído um Comitê Organizador Brasileiro formado por 23 organizações, subdivididas em oito GTs (Grupos de Trabalho): Espaços, Economia Popular Solidária, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Cultura, Tradução, Comunicação, Mobilização e Software Livre (articulado com o GT de Comunicação). O VI Fórum Social Mundial foi policêntrico, ou seja, ocorreu de forma descentralizada, em três cidades: Bamako (Mali - África), de 19 a 23 de janeiro de 2006; Caracas (Venezuela – América), de 24 a 29 de janeiro de 2006, e Karachi (Paquistão – Ásia), de 24 a 29 de março de 2006. Para cada evento foi criado um comitê organizador. Veja aqui mais informações. A sétima edição do FSM será realizada em Nairóbi, no Quênia, de 20 a 25 de janeiro de 2007. Veja detalhes sobre a organização do evento aqui. As questões políticas gerais e a discussão sobre os rumos do FSM, o local de sua realização e as metodologias dos eventos anuais são debatidas e encaminhadas no âmbito do Conselho Internacional (CI), formado atualmente por 129 organizações, e de suas comissões: Metodologia, Conteúdo e Temáticas, Expansão, Estratégias, Recursos, Comunicação. Há um coletivo responsável pelo escritório em São Paulo (Brasil), que apóia e dá suporte ao processo FSM, ao CI e aos comitês organizadores dos eventos anuais do FSM. Também há um escritório funcionando na Índia. Quais são as atividades do FSM? Anualmente é realizado um grande encontro mundial. Em 2001, 2002 e 2003, o evento global ocorreu em Porto Alegre, na mesma data em que aconteceu o Fórum Econômico Mundial (Fórum de Davos). Em 2004 foi realizado em Mumbai, na Índia. Em 2005 voltou para Porto Alegre. Em 2006 o FSM será policêntrico e acontecerá em três sedes: Bamako (Mali), Caracas (Venezuela) e Karachi (Paquistão). No processo FSM também são realizados diversos Fóruns Sociais Regionais e Temáticos de caráter internacional para aprofundar os debates nas diversas regiões e/ou discutir questões específicas consideradas prioritárias pelo Conselho Internacional. Quem participa dos eventos do FSM? Podem participar e propor atividades no FSM todas as organizações, movimentos sociais e entidades da sociedade civil que se declarem de acordo com a Carta de Princípios. Os cidadãos que não pertecem a neunhuma organização também podem participar dos debates. Entidades governamentais e partidos políticos podem participar como observadores. Os governos que hospedam o FSM podem ser parceiros na sua organização. E podem ser convidados a participar, em caráter pessoal, governantes e parlamentares que assumam os compromissos da Carta de Princípios. O FSM tem a proposta de construção de um outro mundo sem o uso da violência, por isso, não permite a participação de organizações armadas. Há uma declaração final? O FSM não tem caráter deliberativo. Portanto, não promove oficialmente campanhas, nem produz declarações finais. Essa foi a maneira encontrada para manter a diversidade dos participantes. Mesmo assim, o FSM tem sido o espaço mais importante de articulação internacional por um mundo novo. Isso porque possibilita aos participantes que se articulem e proponham ações concretas, desde que não se manifestem em nome do Fórum.